terça-feira, 22 de setembro de 2009

A breve história dos loteamentos

a breve história dos loteamentos



À
Completa falta de referências,
Dedico à memória das minhas retinas, um verso em decadência:
“O mundo é diferente da ponte prá cá”
Racionais



Para
João Antônio,
mentor

A história dos loteamentos é inventada no meio de breves referências. A história de um salto ornamental: a história das russas com suas piruetas. Existe pregada nos muros da propaganda barata. Está no mercadinho da esquina que vende bisnaga fresquinha sabor coco.
A história dos loteamentos corre na boca mesquinha. Se eu disser que é da boca da vizinha, dirão que estou plagiando versos de um samba d´outrora. E isto não é samba, é prosa. Marcadinha como as folinhas dos minicalendários de que todo mundo conhece: Brasil, Argentina, EUA (USA), Chile, Uruguai, China, Luxemburgo, Japão, Bahamas, Emirados Árabes, França, Inglaterra, Alemanha, Katmandu, Nakagawa. Entrei no cartório de Santo Amaro a fim de fazer pesquisa. De onde vinha o nome Balneário? Descobri que é mais um loteamento, herança de terra de dois irmãos, que hoje vivem às margens do Rio Hudson e que, cada um deles, tem uma esposa de nome “Marie Jane”. Mas é tudo boato, invenção da dona Eucínia, uma mulher muito criativa, que sempre gritam do portão:
“Deus tarda, mas não falha”!
A gente, o povo, coletivo, pessoas, moradores, solitários, somos a lombriga, nos açoitamos nos empregos em troca do pão, de leite, café e T.V. Ninguém vive mais sem a t.v e todo organismo vivo, ou morto, tem sua lombriga, seus vermes, para rastejar no sujo.

A idéia passa por mim à noite e eu tenho que agarrá
Por Alexandre Rocatto
em 22/09/09,
comemorando 10 anos de missão