─ Tá russo!!!
─ Então vai pro psicólogo.
─ Não é problema de cabeça, meu caro!
─ Faz mais uma vez a imitação do Robocop!
─ Assim?! Ou assim?!
─ Você tá imitando o Michael Jackson!
─ Conheci uma princesinha ontem. Coisa nobre. Carne de primeira...
─ E...
─ Papo bom... Flecheira...
─ E...
─Tô falando, meu! Como você é desagradável. Não relaxei nenhum segundo. Fui chegando e ela sorriu para mim e ofereceu uma cerveja: “Pega ai carinha, tá gelada, gostosa”. A cerveja estava estupenda. Entendeu?
─ Hahaha, mais um ha e tua história vai colar feito tutu de feijão. (Risos)
─ Melhor que tutu, melhor que pizza de mussarela quando bate ‘aquela’ fome. Um docinho. Pegou o violão e tocou Amy, Back to Black. Esqueci! Você odeia rock, jazz, blues e afins. Virou emo demais para escutar T.N.T. ‘Couse I’m T.N.T.
─ Blábláblá...
─ Ela me falou de cinema francês... Arrotou na mesa. Graças a Deus que não cuspiu no chão. Mas, pouco importa, vindo daquela boquinha bem formada soaria poesia. Não falou em Gripe Suína, não falou em contraste, mas falou em contrato. Conversamos sobre acordos... e também nos aborrecemos com debate político.
─ Fez bom acordo?
─ One hundred percent!
─ Empresta o isqueiro!
─ Então vamos comemorar!
