quarta-feira, 17 de dezembro de 2014


Lázaro 2012
1.
Das trevas enxergou a luz/ paisagem de retorno/ num domingo em que o palhaço retornou aos palcos/ o primoroso creme era o crime/ desembarca de um avião de reminiscências/ pobre bárbaro, faleceu engasgado com bolacha de água e sal/ Lázaro, o Piolho, o Enxada, o Guarda-roupa, o Pescoço, o Telha Verde/ Abrindo a porteira que encerrava o Hades/ Roudine das privações/ iniciava.
2.
Vigiado por olhos estadistas/ Roudine caminha, muros altos, colinas/ Peso de sentenças no peito, caminha/ Livre, o mundo por revistar/ á frente, lance de dados/ corredores infinitos e ruas vibrando entranhas/ Liberdade, óleo disel, ônibus público/ pra trás, nas selas, gemidos inexprimíveis.
3.
- Vai pra onde, moço?
- Dirige esse trem, eu só desço no final!