Lázaro 2012
1.
Das trevas enxergou a luz/ paisagem
de retorno/ num domingo em que o palhaço retornou aos palcos/ o primoroso creme
era o crime/ desembarca de um avião de reminiscências/ pobre bárbaro, faleceu
engasgado com bolacha de água e sal/ Lázaro, o Piolho, o Enxada, o
Guarda-roupa, o Pescoço, o Telha Verde/ Abrindo a porteira que encerrava o Hades/
Roudine das privações/ iniciava.
2.
Vigiado por olhos
estadistas/ Roudine caminha, muros altos, colinas/ Peso de sentenças no peito,
caminha/ Livre, o mundo por revistar/ á frente, lance de dados/ corredores
infinitos e ruas vibrando entranhas/ Liberdade, óleo disel, ônibus público/ pra
trás, nas selas, gemidos inexprimíveis.
3.
- Vai pra onde, moço?
- Dirige esse trem, eu só
desço no final!
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